As contribuições significativas que enfermeiros obstétricos (EO) favorecem na implantação de um modelo humanizado, reside na valorização de vários aspectos de parturição: autonomia, empoderamento feminino, alívio da dor, progressão fetal, vínculo, confiabilidade e segurança, apesar de condições adversas, esses profissionais permanecem incentivando o parto humanizado. Este estudo teve como objetivo compreender a atuação de enfermeiros obstétricos na diretriz da humanização do trabalho de parto e nascimento. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em três estados da região Norte (Amapá; Amazonas; Pará), composto de entrevista aleatória com 41 enfermeiros obstétricos atuantes no trabalho de parto e nascimento, realizado entre novembro/2018 a fevereiro/2019, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Pará. As informações foram coletadas por entrevista semiestruturada em profundidade, na análise e interpretação das informações foi utilizada técnica metodológica de análise de conteúdo com fundamento em Bardin e para auxiliar no seu processamento, foi empregado como ferramenta o software IRAMUTEQ, que traz rigor estatístico às pesquisas qualitativas, realizada de acordo com a Classificação Hierárquica Descendente. Na análise das informações coletadas, foi entrevistado em cada Estado: 11 EO no Amapá; 17 EO no Amazonas e 13 EO no Pará. A idade variou entre 26 a 53 anos; com predominância do sexo feminino e título de especialistas na modalidade de residência, todos atuam direta ou indiretamente com a assistência ao parto institucionalizado. Os Enfermeiros Obstétricos entendem que a formação profissional, da graduação a pós-graduação, na diretriz da humanização, tem extrema relevância para o preparo de quem irá conduzir o cuidado à mulher e sua família durante o parto, desenvolvendo habilidades técnicas e emocionais para esse momento; têm a mulher como foco central de um cuidado seguro e confiável, procurando atender aos desejos e necessidades oportunizando o direito de esclarecimento, opinião e decisão; valorizam o uso das tecnologia de cuidado singular, multidirecional e relacional, aplicadas a sua práxis cotidiana, orientado por evidências científicas; reconhecem as dificuldades que interferem uma atuação na diretriz de um parto e nascimento mais integral e humanizado, como o enfretamento das adversidades podem contribuir para a compreensão e busca de soluções, para alcançar avanços progressivos e permanentes, no sentido da qualidade no cenário do parto e nascimento. O estudo constatou que Enfermeiros Obstétricos diretamente na cena do parto e nascimento, materializa o que considera relevante na forma de atuação e tem um importante engajamento para implantar modelo humanizado seguro e orientado por evidências científicas; Permitiu contribuir para enriquecimento técnico-científico, a consolidação da ciência no âmbito da enfermagem; autonomia profissional; busca por qualificação e aprimoramento; de assistência qualificada à parturiente e sua família; busca de maneiras para reduzir a violência obstétrica.