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Dados do Trabalhos de Conclusão

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Ciências para a Saúde (53022017001P6)
TERAPIA NUTRICIONAL, EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DESFECHO CLÍNICO EM INDIVÍDUOS CRÍTICOS VÍTIMAS DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO: UMA COORTE RETROSPECTIVA
STEFANIA ALVES LIMA SILVA
PROTOCOLO EXPERIMENTAL OU DE APLICAÇÃO EM SERVIÇOS
02/10/2020

Silva SAL. Terapia Nutricional, Evolução do Estado Nutricional e Desfecho Clínico em Indivíduos Críticos Vítimas de Trauma Cranioencefálico: uma Coorte Retrospectiva [Dissertação]. Brasília (DF): Escola Superior de Ciências -FEPECS; 2020, 84 p. Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado uma importante causa de morte e incapacidade em todo mundo. Múltiplas alterações metabólicas e hidroeletrolíticas decorrentes do TCE geram um estado hipermetabólico que associado a um intenso catabolismo levam a necessidades nutricionais específicas. O suporte nutricional pode prevenir a perda da competência imunológica e diminuir a morbidade, a mortalidade e o tempo de internação hospitalar associado ao traumatismo craniano. Objetivos: O objetivo desta dissertação é compreender a evolução do estado nutricional intra-hospitalar e analisar a relação entre a terapia nutricional, a evolução do estado nutricional e os desfechos clínicos de indivíduos críticos vítimas de TCE internados em uma UTI de referência em trauma do DF. Elaborar um protocolo de assistência nutricional, baseado nos resultados encontrados nesta pesquisa, que poderá ser utilizado pelas demais instituições que assistem indivíduos com TCE. Método: Trata-se de um estudo do tipo coorte, retrospectivo e analítico. Os dados foram coletados por meio dos registros em prontuário eletrônico. A análise estatística foi realizada no software SPSS (versão 23.0, SPSS Inc., Chicago, IL, USA). A associação e significância estatística foram testados pelo teste quiquadrado para as variáveis com distribuição simétrica e pelo teste de Mann-Whitney para as variáveis com distribuição assimétrica. A correlação entre as variáveis foi verificada pelo coeficiente de correlação de Pearson, nas variáveis que apresentaram distribuição simétrica ou pelo coeficiente de correlação de Spearman nas variáveis que apresentaram distribuição assimétrica. A curva ROC e curva de sobrevivência foram utilizadas para avaliação da capacidade de predição dos desfechos pelas variáveis relacionadas a terapia e estado nutricional. A presença de significância estatística foi determinada conforme p-valor < 0,05. Resultados: Foram 308 participantes elegíveis, com média de idade de 36,28 ± 11,11 anos e 89% (n=276) dos participantes eram do sexo masculino. O mecanismo de trauma mais frequente foi o acidente de moto (24%). Em relação ao estado nutricional, houve diferença significativa (p <0,001), com indivíduos bem nutridos no momento da admissão (n=222, 90,98%) e desnutridos (desnutrição não grave e grave n=225, 92,21%) no momento da alta da UTI. A taxa de mortalidade geral do estudo foi de 20,13% (n=62). Os pacientes com alto risco nutricional pelo Score NUTRIC apresentaram uma taxa de mortalidade significativamente maior (p<0,001) 33,33% (n=28) quando comparados aos indivíduos com baixo risco nutricional 15,89% (n=34). Pela NRS2002 a taxa de mortalidade foi de 20,41% (n=10) nos indivíduos classificados como alto risco nutricional e 20,47% (n=52) nos indivíduos de baixo risco nutricional. Foi observado que os indivíduos que foram classificados como baixo risco nutricional pelo Score NUTRIC apresentaram uma razão de chance (OR) de 2,63 (95% IC 0,21-0,68, p<0,001) vezes maiores de não morrerem em comparação aos que apresentaram alto risco nutricional. Já com relação ao rastreamento pela NRS-2002, não houve diferença (95% IC 0,48-2,24, p=0,99). Com relação ao aporte nutricional avaliado na primeira semana de internação na UTI, observou-se uma oferta calórica total de 8920,43 ± 3120,94Kcal (média de 18,2 ± 6,1Kcal/Kg de peso/dia) e proteica de 566,29 ± 205,54g (média de 1,15 ± 0,41g de proteínas/Kg peso/dia). Observou-se correlação significativa da oferta calórica com o tempo de internação, de ventilação mecânica e com o peso no momento da alta da UTI (-0,160, p < 0,012; -0,228, p < 0,001; 0,305, p < 0,001; respectivamente). Do mesmo modo, a ingestão proteica na primeira semana de UTI correlacionou-se significativamente com o tempo de internação (-0,199; p < 0,002), de ventilação mecânica (-0,245; p < 0,001) e com o peso na alta da UTI (0,314; p < 0,001). Os indivíduos que tiveram médio e alto consumo calórico na primeira semana de UTI apresentaram uma razão de chance (OR) de 2,83 (95% IC 1,16-6,85, p=0,02) e 4,04 (95% IC 1,59-10,31, p=0,00) vezes, respectivamente, maiores de não morrerem em comparação aos que apresentaram baixo consumo calórico. Já com relação ao consumo proteico, uma razão de chance de 2,8 (95% IC 1,12-8,12, p=0,03) vezes maiores dos indivíduos que apresentaram alto consumo de proteínas não morrem em comparação aos que tiveram baixo consumo proteico. Produtos desenvolvidos: Foram desenvolvidos 3 artigos originais e um protocolo para assistência nutricional. Conclusões: Os participantes não apresentaram comprometimento do seu estado nutricional no momento da admissão hospitalar. Entretanto, evoluíram de forma negativa com relação ao seu estado nutricional, revelando um perfil de indivíduos desnutridos no momento da alta. O método de triagem nutricional NUTRIC apresentou melhor desempenho para prever mortalidade em indivíduos críticos vítimas de TCE quando comparado a NRS-2002, podendo ser um instrumento de melhor opção, nesta população, para identificação de sujeitos que podem se beneficiar com o início precoce de terapia nutricional agressiva. Baixas ofertas calóricas e proteicas estão associadas ao maior tempo de internação hospitalar, de ventilação mecânica e mortalidade, sugerindo que indivíduos críticos vítimas de TCE podem se beneficiar com valores alvos mais altos. Foi elaborado um protocolo de assistência nutricional, que poderá ser utilizado por instituições que assistem indivíduos com TCE.

Traumatismo cerebral;Estado nutricional;Terapia nutricional;Mortalidade;Unidade de terapia Intensiva.
Silva SAL. Nutritional Therapy, Evolution of the Nutritional Status and Clinical Outcome in Critical Individuals Victims of Cranioencephalic Trauma: a Retrospective Cohort [Dissertation]. Brasília (DF): School of Sciences -FEPECS; 2020, 84 p. Introduction: Head trauma (TBI) is considered an important cause of death and disability worldwide. Multiple metabolic and hydroelectrolytic changes resulting from TBI generate a hypermetabolic state that associated with an intense catabolism lead to specific nutritional needs. Nutritional support can prevent the loss of immunological competence and decrease morbidity, mortality and length of hospital stay associated with head trauma. Objectives: The objective of this dissertation is to understand the evolution of nutritional status in-hospital and to analyze the relationship between nutritional therapy, the evolution of nutritional status and the clinical outcomes of critical individuals who are victims of TBI hospitalized in a reference trauma ICU in DF. Develop a protocol for nutritional assistance, based on the results found in this research, which can be used by other institutions that assist individuals with TBI. Method: This is a cohort, retrospective and analytical study. Data were collected through electronic medical records. Statistical analysis was performed using SPSS software (version 23.0, SPSS Inc., Chicago, IL, USA). The association and statistical significance were tested using the chi-square test for variables with symmetrical distribution and the Mann-Whitney test for variables with asymmetric distribution. The correlation between the variables was verified by the Pearson correlation coefficient, in the variables that presented symmetric distribution or by the Spearman correlation coefficient in the variables that presented asymmetric distribution. The ROC curve and survival curve were used to assess the ability to predict outcomes by variables related to therapy and nutritional status. The presence of statistical significance was determined according to p-value <0.05. Results: There were 308 eligible participants, with a mean age of 36.28 ± 11.11 years and 89% (n = 276) of the participants were male. The most frequent trauma mechanism was the motorcycle accident (24%). Regarding nutritional status, there was a significant difference (p <0.001), with wellnourished individuals at admission (n = 222, 90.98%) and malnourished (non-severe and severe malnutrition n = 225, 92.21%) at the time of discharge from the ICU. The overall mortality rate for the study was 20.13% (n = 62). Patients with high nutritional risk according to the NUTRIC Score had a significantly higher mortality rate (p <0.001) 33.33% (n = 28) when compared to individuals with low nutritional risk 15.89% (n = 34). According to NRS-2002, the mortality rate was 20.41% (n = 10) in individuals classified as high nutritional risk and 20.47% (n = 52) in individuals with low nutritional risk. It was observed that individuals who were classified as low nutritional risk by the NUTRIC Score had a chance ratio (OR) of 2.63 (95% CI 0.21-0.68, p <0.001) times greater than not dying in comparison those who presented high nutritional risk. Regarding the screening by NRS-2002, there was no difference (95% CI 0.48-2.24, p = 0.99). Regarding the nutritional contribution evaluated in the first week of ICU stay, a total caloric supply of 8920.43 ± 3120.94Kcal (average of 18.2 ± 6.1Kcal / Kg of weight / day) and protein was observed of 566.29 ± 205.54g (average of 1.15 ± 0.41g of proteins / kg weight / day). There was a significant correlation between caloric supply and length of stay, mechanical ventilation and weight at discharge from the ICU (- 0.160, p <0.012; -0.228, p <0.001; 0.305, p <0.001, respectively). Likewise, protein intake in the first week of the ICU was significantly correlated with the length of hospital stay (-0.199; p <0.002), mechanical ventilation (-0.245; p <0.001) and the weight at discharge from the ICU (0.314; p <0.001). Individuals who had medium and high caloric intake in the first week of the ICU had a odds ratio (OR) of 2.83 (95% CI 1.16-6.85, p = 0.02) and 4.04 (95 % CI 1.59-10.31, p = 0.00) times, respectively, greater than not dying compared to those who presented low caloric consumption. With regard to protein consumption, a odds ratio of 2.8 (95% CI 1.12-8.12, p = 0.03) times higher for individuals who had high protein consumption did not die compared to those who had low protein consumption. Developed products: Three original articles and a protocol for nutritional assistance were developed. Conclusions: The participants did not show any compromise in their nutritional status at the time of hospital admission. However, they evolved negatively in terms of their nutritional status, revealing a profile of malnourished individuals at the time of discharge. The NUTRIC nutritional screening method performed better to predict mortality in critically ill individuals suffering from TBI when compared to NRS-2002, and it may be a better option, in this population, for identifying subjects who can benefit from the early initiation of therapy aggressive nutrition. Low caloric and protein offers are associated with longer hospital stays, mechanical ventilation and mortality, suggesting that critical individuals who are victims of TBI may benefit from higher target values.
Cerebral trauma;Nutritional status;Nutritional therapy;Mortality;Intensive care unit.
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PORTUGUES
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
O trabalho não possui divulgação autorizada

Contexto

QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO ADULTO
-

Banca Examinadora

RENATA COSTA FORTES
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
RENATA COSTA FORTES Docente - PERMANENTE
ANA LUCIA RIBEIRO SALOMON Docente - PERMANENTE
ADRIANA HAACK DE ARRUDA DUTRA Docente - PERMANENTE
JULIANA FROSSARD RIBEIRO MENDES Participante Externo

Vínculo

Servidor Público
Empresa Pública ou Estatal
Ensino e Pesquisa
Sim

Produções Intelectuais Associadas

Nome Tipo da Produção Subtipo da Produção
PROTOCOLO CLÍNICO: TERAPIA NUTRICIONAL NO ADULTO CRÍTICO VÍTIMA DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO E INSTRUCIONAL
TERAPIA NUTRICIONAL E DESFECHO CLÍNICO EM PACIENTES CRÍTICOS VÍTIMAS DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO: UMA COORTE RETROSPECTIVA TÉCNICA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
TRIAGEM NUTRICIONAL COMO PREDITOR DE MORTALIDADE PARA PACIENTES CRÍTICOS VÍTIMAS DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO TÉCNICA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
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Capes UFRN RNP
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  • Versão do sistema: 3.85.4
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