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Dados do Trabalhos de Conclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
PSICOLOGIA INSTITUCIONAL (30001013028P7)
A RESISTÊNCIA INVENTIVA DA ESCOLA DO CAMPO FRENTE A OFENSIVA DO ESTADO
MARIA DE FATIMA MIGUEL RIBEIRO
DISSERTAÇÃO
07/08/2020

O neoliberalismo tem acelerado a mercantilização da educação e das políticas públicas conquistadas pela população brasileira desde o fim da ditadura militar. No estado do Espírito Santo esse processo foi ampliado na área da educação desde a segunda gestão do governo de Hartung, mediante o fechamento de escolas do/no campo, mas ainda é vigente no Governo Casagrande. A pesquisa “A resistência inventiva da escola do campo frente a ofensiva do estado” tem como objetivo analisar as práticas de resistência de educadores e educandos da EEEF “Paulo Damião Tristão Purinha”, do assentamento Sezínio Fernandes de Jesus, no município de Linhares no estado do ES para dar visibilidade ao processo de afirmação da vida dos trabalhadores em suas atividades de resistência, garantindo os princípios filosóficos, pedagógicos e políticos que se afirmam no plano de estudos, na auto-organização, na agroecologia e mística como práticas de libertação que fomentam resistências que se dão desde o chão da escola. O problema da pesquisa apresentado buscou-se aproximar dos modos como se constituem os processos de criação, invenção, de afirmação da vida nas práticas de organização e trabalho educacional na educação do campo do MST, na atual conjuntura neoliberal dura e árida, que parece consolidar-se a cada dia mais no Brasil e no nosso estado do Espírito Santo. O caminho metodológico que percorremos utilizou como ferramentas de produção dos dados a constituição da escrita analítica no diário de campo, a recuperação e produção de imagens fotográficas que colaboram no registro da história do assentamento, realização de entrevistas semiestruturadas praticadas com moradores, militantes, educadores que fizeram parte da história do assentamento e da criação da escola do campo. Para realizá-las, elaboramos um roteiro de questões a serem abordadas com os indivíduos que seriam entrevistados. Em seguida, identificamos os educadores e coordenadores do assentamento. Os dados produzidos foram trabalhados segundo pistas da análise do discurso realizada por Foucault. Os educadores do setor de educação do MST tomaram a iniciativa de constituir a resistência a partir das ações como: Coletividade – grupos organizados – gestão democrática; reafirmação dos instrumentos da Pedagogia da Alternância; realização de místicas; Agroecologia: A realização da horta, ou quintais produtivos; Projeto de pesquisa ou Trabalho de Conclusão do ano ou do Ensino Fundamental; e Auto-organização. Finalizamos com seis lições desse processo da pesquisa na escola do campo que resistem e reinventam sua forma de se manter firme na luta por uma escola para a formação humana: A Escola do movimento como tempo espaço de fermentação de: a) novas relações de poder, da gestão democrática; b) de processos de subjetivação; c) de processos de resistência mesmo em tempos de pandemia – COVID 19; d) de processos de singularidades coletivas, do papel do indivíduo na história; e) das contradições da sociedade capitalista que reverberam na educação e, finalmente; f) A pesquisa em movimento da Análise Institucional como uma fermentação das contradições de subjetividades vivenciadas, construídas que revoluciona as novas subjetividades revolucionárias.

Educação do Campo;Resistência;Coletivo;MST
Neoliberalism has accelerated the commodification of education and public policies conquered by the Brazilian population by the end of the military dictatorship. In the state of Espirito Santo, this process has been expanded in the area of education since the second administration of Hartung´s government, with the closure of schools in the countryside, but it is still in course in Casagrande´s government. The research “The inventive resistance of the rural school in the face of the state's offensive” aims to analyze the resistance practices of educators and students from the elementary school “Paulo Damião Tristão Purinha”, located in the Sezínio Fernandes de Jesus settlement, in the municipality of Linhares in the state of ES, in order to give visibility to the process of affirming the life of workers in their resistance activities, guaranteeing the philosophical, pedagogical and political principles that are asserted in the study plan, in the selforganization, in the agroecology and in the “mystic” as practices of freedom that foster resistances that happens since the school. The research problem presented sought to approach the ways in which the processes of creation, invention, life affirmation are constituted in the organization practices and educational work of MST rural education, in the current hard and arid neoliberal conjuncture, which seems to be getting stronger day by day in Brazil and in our state of Espírito Santo. The methodological path we followed used as tools of data production the constitution of analytical writing in the field journal, the recovery and production of photographic images that collaborate in recording the history of the settlement, the conduction of semi-structured interviews with residents, militants, educators who were part of the history of the settlement and the creation of the rural school. To carry them out, we developed a list of questions to be addressed with the individuals who would be interviewed. Then, we identified the educators and coordinators of the settlement. The data produced were worked according to clues from the discourse analysis carried out by Foucault. Educators in the MST education sector took the initiative to build resistance based on actions such as: Collectivity - organized groups – democratic administration; reaffirmation of the instruments of “Pedagogy of Alternation”; performing mystics; Agroecology: The creation of the vegetable garden, or productive backyards; Research project or final paper of the year or of the Elementary School; and Self-organization. As a result, six lessons are learned from this research process at the rural schools that resist and reinvent their way of standing tall in the struggle for a school for human formation: The School of the movement as a time of fermentation of: a) new power relations, democratic administration; b) subjectification processes; c) resistance processes even in times of pandemic - COVID 19; d) processes of collective singularities, the role of the individual in history; e) the contradictions of capitalist society that reverberate in education and, finally; f) Institutional Analysis research in motion as a fermentation of the contradictions of experienced, constructed subjectivities that revolutionize the new revolutionary subjectivities.
Rural Education;Resistance;Collective;MST
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PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
O trabalho possui divulgação autorizada
Maria de Fátima Miguel Ribeiro - 07.08 definitiva.pdf

Contexto

PSICOLOGIA INSTITUCIONAL
POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E PROCESSOS FORMATIVO-EDUCACIONAIS
CONECTAR E (com)VERSAR EM PROCESSOS FORMATIVOS: CARTOGRAFIAS DE PRÁTICAS INVENTIVAS

Banca Examinadora

MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS
DOCENTE - COLABORADOR
Sim
Nome Categoria
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Participante Externo
ANA LUCIA COELHO HECKERT Docente - PERMANENTE
MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS Docente - COLABORADOR

Vínculo

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Não
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