A relação entre Desempenho Social Corporativo (CSP) e Desempenho Financeiro Corporativo (CFP) foi examinada anteriormente no contexto internacional, porém há nuances ainda pouco exploradas como a possível influência das estratégias de mudanças climáticas e o estudo em contextos específicos, como o brasileiro. Este estudo buscou contribuir com evidências sobre a direção da relação e a presença de variáveis moderadoras, cujo objetivo foi analisar a relação CSP-CFP, investigando se Estratégias em Mudanças Climáticas é uma variável moderadora da relação. O método utilizado compreende uma abordagem quantitativa, cujos modelos foram testados empiricamente utilizando o método de regressão para dados em painel com efeitos aleatórios, utilizando-se o software Stata®, versão 13. Para testar o modelo foram analisadas 49 empresas brasileiras pertencentes a nove diferentes setores. Os dados foram coletados ao longo de seis anos, no período compreendido entre 2011 a 2016, totalizando 234 observações. A amostra da pesquisa é composta por empresas que integraram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Brasil Bolsa Balcão (B3). Os resultados obtidos na análise das duas direções entre CSP-CFP apontaram comportamentos distintos, na verificação de CSP impactar positivamente CFP, apresentou um resultado positivo e estatisticamente não significante, no entanto na análise se CFP impacta positivamente o CSP, percebeu-se um resultado positivo e com efeito marginal estatisticamente significante. Além disto os testes realizados indicam um efeito moderador positivo e significante das estratégias de mudanças climáticas na relação CSP-CFP, embora o resultado não tenha indicado um coeficiente com significância estatística no sentido inverso. Este estudo traz como contribuição a proposição de um modelo no qual estratégias de mudanças climáticas é uma variável moderadora entre CSP e CFP. Este resultado é útil nos modelos de gestão, pois é uma iniciativa para a obtenção de vantagem competitiva e de desempenho financeiro superior.