No final da década de 1970, começa a se organizar no Brasil, especificamente no eixo Rio-São Paulo, um movimento politizado de homossexuais demarcado pelo surgimento do Jornal Lampião da Esquina e da formação do grupo SOMOS, ambos frutos de um amplo processo cultural, intelectual e político de saída do armário por parte dos sujeitos homossexuais. Esse movimento de saída do armário que ficou consagrado pela bibliografia como Movimento Homossexual Brasileiro (MHB) ocorreu em diversos lugares do país com dinâmicas diferenciadas. A presente dissertação tem por objetivo recompor o histórico do Movimento Homossexual Sergipano (MHS), historicizando e problematizando esse movimento que dá os seus primeiros passos de organização através do Grupo Dialogay de Sergipe (GDS) em 1981, sendo a primeira organização a levantar bandeiras homossexuais no estado. Existindo até 2003, o GDS abre espaços para que novos grupos reivindiquem espaços e tragam ao movimento novas demandas, bandeiras, sujeitos e identidades, como o caso Associação de travestis unidas pela cidadania (UNIDAS) fundada em 1999 e da Associação Sergipana de Transgêneros (ASTRA) em 2001 que trazem a discussão da causa travesti e transexual. O Grupo Athena de Sergipe (ATHENA) em 2002 que põe a identidade lésbica para o centro da militância. E a Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (ADHONS) em 2003, que seria fruto da reorganização de parte da militância homossexual masculina da Dialogay .