O objetivo deste trabalho é analisar como as políticas neoliberais implementadas no Brasil a partir da década de 1990 repercutem na Educação do Campo e no processo de fechamento de escolas do campo no município de Vitória da Conquista- BA. Para tal buscou-se explicitar pelas contribuições teóricas reflexivas produzidas a partir da década de 90 no Brasil, como vem se dando a expansão do neoliberalismo e sua implementação no campo educacional; identificar as políticas públicas que estão contribuindo para ao fechamento das escolas do campo; revelar a inserção das políticas neoliberais para a definição da política municipal de educação do campo em Vitória da Conquista e explicitar os processos organizativos de resistência ao fechamento das escolas do campo em Vitória da Conquista por meio das representações e movimentos sociais. O método utilizado foi o Materialismo Histórico Dialético, intermediado pelas categorias de conteúdo: neoliberalismo, fechamento de escolas do campo e luta de classes, que representam o movimento interno do objeto em questão. E como categorias de método: totalidade, contradição e alienação, que expressam as relações mais gerais historicamente determinadas pela sociedade vigente. Para a organização do direcionamento metodológico da pesquisa foi realizado um Estudo de Caso seguido de análises de documentos, diário de campo e entrevistas semiestruturadas com lideranças de organizações e movimentos sociais de Vitória da Conquista. Os resultados da pesquisa demonstram que a política de fechamento de escolas em Vitória da Conquista é resultado das diretrizes neoliberais implementadas na educação, e está marcada por diversos determinantes políticos, sociais e econômicos. O número reduzido de alunos matriculados em escolas do campo, a redução de gastos públicos e o falseamento da busca pela ―qualidade‖ na educação tornou-se os principais argumentos do poder público municipal para a ampliação do fechamento de escolas do campo. Negando e descumprindo assim, os princípios da Educação do Campo.