Os exames complementares são de suma importância para auxílio no diagnóstico, prognóstico e tratamento adequados de doenças nos animais. Baseado nisso, o trabalho objetivou avaliar a importância do fibrinogênio plasmático e proteína Creativa como marcadores da resposta inflamatória em cães, correlacionando-os ao leucograma e clínica do animal. Para isso, foi avaliado a concentração de fibrinogênio plasmático, proteína C-reativa e leucograma de 149 cães do município de Curuçá, estado do Pará, onde, 53% corresponderam a animais do sexo masculino (79/149) e 47% feminino (70/149), com idades variando de um a 19 anos. Do total, 17,4% apresentaram hiperfibrinogenemia (26/149), 39,6% reação positiva no teste de proteína C-reativa (59/149) e 48,3% leucocitose (72/149), sendo que em 63,8% (46/72) dos animais a leucocitose era por neutrofilia. Quando avaliado a relação PPT:Fib dos animais com hiperfibrinogenemia, constatou-se que em 84,6% (22/26) o aumento estava relacionado a processos inflamatórios, enquanto que os demais, 15,4% (4/26), apresentavam relação com a desidratação. Observou-se aumentos de PCr e Fib em animais ainda sem sinais clínicos, característica das proteínas de fase aguda, sugerindo sua importância como marcador da resposta inflamatória em animais desde o início dos sintomas e durante a progressão da doença.