Essa pesquisa analisa um fenômeno que surgiu nas mídias sociais: a página de Facebook ‘No Meu Colégio Militar’, inspirada na hashtag #nomeucolegiomilitar. O objetivo é analisar a violência de gênero cometida pelas corporações em colégios cívico-militares do Brasil a partir dessa página e discutir a influência do conservadorismo político na Educação e sua incidência nos colégios cívico-militares. Com base em uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo documental, utiliza-se como instrumentos para a construção de dados empíricos a pesquisa de campo em mídias digitais (Facebook), cujas análises dos dados se dão através da análise interpretativa. A pesquisa contará com a colaboração de relatos anônimos da internet. As reflexões oriundas do campo se dão posteriormente às postagens, que datam de 2016 a 2019, cujo registro escrito é o principal instrumento para o acompanhamento dos relatos. Esses registros possuem delimitação temporal e contextual, e são, portanto, dados construídos com critérios claramente definidos. Como resultados, apontamos que, de acordo com as denúncias, há toda sorte de violências praticadas no interior dos colégios cívico-militares, com ênfase no recorte de gênero; tais violências são recorrentes da permissividade com a qual a diretoria desses colégios trata as denúncias que chegam até ela. Desta feita, concluímos que se faz urgente que haja um desinteresse dessa modalidade de ensino que entrelaça a educação civil com a educação militar, sob pena de formarmos pessoas através da discriminação, que, por normalizarem, reproduzirão opressões na vida adulta.