Em um cenário marcado por inovações tecnológicas, professores e alunos encontram-se inseridos em um contexto de mudanças. Portanto, isso pode afetar como as pessoas ensinam ou aprendem, gerando, assim, experiências e crenças que se fortalecem ou se modificam com o passar do tempo. A língua inglesa é um idioma de grande destaque no cenário mundial e, por isso, desperta curiosidade e admiração por aqueles que resolvem aprendê-la e pelos que a
lecionam. Diante disso, é importante elucidar o porquê da existência de algumas crenças e experiências no ensino e aprendizagem de língua inglesa e como ela se relaciona atualmente com a grande influência da tecnologia e dos elementos multimodais. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo geral investigar as crenças e experiências de professores e alunos acerca do uso da multimodalidade no processo de ensino e aprendizagem de língua inglesa no período pós-pandêmico. Devido às medidas preventivas em combate à Covid-19, os anos de 2020 e 2021 foram marcados pelo ensino remoto. Dessa forma, a presença da tecnologia foi um amparo para o ensino, o que despertou maior visibilidade sobre a importância das tecnologias da informação dentro do contexto escolar. Assim sendo, os recursos que o professor poderia utilizar eram diversos, envolvendo sons, imagens, escrita, entre outros meios, marcando o desenvolvimento de debates sobre a multimodalidade dentro do contexto de ensino e aprendizagem. Diante disso, o estudo trabalha esta temática em um enfoque sobre o ensino e aprendizagem de língua inglesa durante e após a pandemia, discutindo as crenças e experiências de alunos e professores. A pesquisa considera que a aprendizagem de língua inglesa envolve um processo de construção dos significados em suas diferentes formas. Portanto, a multimodalidade apresenta-se inserida no universo globalizado, sendo perceptível a sua influência na atual conjuntura do ensino. A fundamentação teórica reúne os estudos de Mora (1986) e Nuñez (1997), que refletem sobre as experiências de ensino de línguas. Os estudos de Almeida Filho (1993), Benson e Lor (1999), Dewey (1933), Woods (2003), Houaiss (2006), Miccoli (2006 e 2010), Barcelos (2000, 2004, 2006, 2007) e Pajares (2007), definem e
conceituam as crenças e as experiências. Os estudos de Dionísio (2005), Oliveira (2007), Santos (2008), Almeida (2011) e Leffa (2014, 2016) apresentam conceitos sobre o ensino e a aprendizagem de língua inglesa e a multimodalidade. A pesquisa situa-se no campo das ciências humanas aplicadas à educação; apresenta uma abordagem quali-quantitativa e se constitui em uma investigação de natureza descritiva. Os resultados da pesquisa descrevem as crenças e experiências de professores e alunos sobre a presença da multimodalidade no processo de ensino de língua inglesa no período pós-pandêmico. Dessa forma, os resultados mostram que devido às proporções que a tecnologia tomou atualmente, ampliaram-se as múltiplas linguagens que fazem parte da rotina de nossas vidas. Portanto, o estudo levou em consideração que os estudantes já estão inseridos dentro desse contexto multimodal, mesmo antes de ingressar na escola, e que a escola deve buscar preparar seus alunos para interagirem e conhecer o mundo, sendo importante potencializar os processos de ensino inseridos no contexto multimodal, principalmente no período pós-pândemico. Dessa forma, este trabalho torna-se relevante para que pesquisas posteriores possam refletir acerca dos processos que envolvem o ensino e aprendizagem de língua inglesa.