A proposição deste trabalho acadêmico foi apresentar conjecturas sobre o papel de gestores (as) e lideranças a partir da experiência de se conviver em cenários de incertezas e volatilidade, a exemplo da experiência arbitrada pela pandemia da covid-19 (2020-2022). E buscar reconhecer, por intermédio de uma pesquisa em uma startup de saúde, quais traços de liderança foram percebidos como mais apropriados para se gerir equipes, também impactadas com a vivência em cenários de insegurança e complexidade. Uma lista contemplando 34 traços de liderança foi elaborada, transformada em uma pesquisa com objetivo de reconhecer o perfil de gestores (as) e lideranças, contextualizando cenários que foram vivenciados de forma arbitrária por ocasião da pandemia, e que exigiu um conjunto de novas práticas para lidar com equipes que, subitamente, mudaram o seu modus operandi. As imagens subjetivas dos líderes pelos liderados são conhecidas na literatura como Teorias Implícitas de Liderança e especificam as qualidades e comportamentos que os indivíduos associam ao termo “líder” (TILs). O método da pesquisa foi um estudo de caráter descritivo, com abordagem quantitativa de categoria numérica variando de 1 a 5 sendo 1 discordo totalmente e 5 concordo totalmente. A coleta foi transversal, realizada por meio de uma escala com afirmativas sobre 34 traços de liderança. A escala foi elaborada sob medida para a investigação dos objetivos mencionados, com base nos traços mais citados nas pesquisas sobre a Teoria implícita de Liderança. Os estudos realizados ao longo desse trabalho mostraram o quanto os traços de liderança continuam atuais (grupo pesquisado) e ainda podem ser considerados em projetos de desenvolvimento de líderes. O tratamento estatístico dos dados quantitativos e a análise dos dados qualitativos demonstraram a pertinência de se desenvolver lideranças com traços (competências) distintos em ambientes presenciais, híbridos e virtuais; convergência inexorável que vem exigindo das lideranças outros comportamentos.