O atual ambiente externo organizacional propicia uma grande alteração no formato de Gestão das Organizações e de seus Projetos, na busca de uso de um modelo mais adaptativo. Esta mudança passa necessariamente pela forma de atuação dos líderes das organizações. Verifica-se cada vez mais que o papel do líder ao gerenciar equipes está focado em questões de natureza psicológica ao invés de questões meramente conteudistas ou de instrumentação, entendendo o propósito e as expectativas de cada colaborador, para extrair o máximo de cada participante da equipe. As organizações ampliaram sua percepção em relação à importância da inteligência emocional, com a autorregulação emocional como um de seus construtos, bem como a de competências socioemocionais e comportamentais – soft skills, no desempenho dos profissionais nas diferentes posições de sua grade funcional, especialmente aqueles que exercem liderança. O presente estudo objetivou analisar a produção científica relativa à autorregulação emocional e a inteligência emocional dentro do contexto organizacional, e sua conexão com a liderança, por meio de uma revisão sistemática de literatura através das bases de dados SciELO e Periódico CAPES, no período entre 2013 e 2023, no interesse de identificar produções acadêmicas que permitam entender a relação teórica destes construtos e de ter uma base conceitual para aprimorar o desenvolvimento de líderes, notadamente no contexto organizacional. Foram analisados artigos, ano e país de publicação, construtos relacionados à regulação das emoções. O maior número de publicações se deu em 2022. A inteligência emocional foi o construto mais estudado. A amostra mais frequentemente pesquisada foi a de adultos. Conclui-se que o ano de 2022 apresentou um aumento de cerca de 200% nas produções acadêmicas nos temas autorregulação emocional - inteligência emocional – liderança em relação à média de produção anual do período 2017/21, demonstrando a importância dessas temáticas na formação de líderes organizacionais.