O estudo teve como objetivos identificar a percepção de suporte familiar, rastrear os níveis de autoeficácia e de autoestima e avaliar sintomas de ansiedade em adolescentes. Além disso, visou estudar a relação entre suporte familiar, níveis de ansiedade, autoeficácia e autoestima. Trata-se de pesquisa transversal, de natureza observacional com abordagem quantitativa exploratória e correlacional, a qual foi submetida e aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Entre os procedimentos técnicos, foram empregados revisão bibliográfica e pesquisa de campo com uso de questionários e escalas para aferição das variáveis de interesse ao estudo em amostra de conveniência envolvendo n=46 adolescentes de ambos os sexos (34 meninas e 12 meninos), com faixa etária de 12 a 17 anos, alocada em ambiente virtual por meio da ferramenta Google Forms. A análise dos dados foi realizada nos softwares SPSS versão 23 e JASP e envolveu caracterização sociodemográfica; uso dos testes Komogorov-Smirnoff e Kruskal-Wallis para verificar a distribuição amostral; ANOVA para as diferenças entre grupos e correlação de Person com recurso Bootstrapping dada amostra pequena com distribuição normal. Para verificar a tendência de relação entre as variáveis do estudo foi utilizada a regressão linear. Entre os resultados apurados, 25 adolescentes se autodeclararam brancos; 18 católicos; 13 evangélicos; 10 disseram não ter religião; nove pretos, nove pardos; cinco se disseram espíritas e três indígenas. Referente ao perfil familiar, 17 residem com pais e irmãos e apenas três adolescentes marcaram 47 de 84 pontos no instrumento sobre suporte familiar, indicando fragilidade de vínculos, papeis e intercâmbio entre os membros. Em relação aos níveis de ansiedade, oito adolescentes pontuaram escore clínico e 12 para risco de ansiedade clínica (disfuncional). Relativo à autoestima, 22 adolescentes alcançaram entre 18 e 26 pontos de um total de 40 do instrumento. Sobre a autoeficácia 26 participantes marcaram 28 de 40 pontos. Não houve diferença estatística significativa entre os grupos de meninos. Contudo, a apuração de escores brutos por instrumento sugere congruência com a literatura sobre ansiedade e demais variáveis do estudo entre adolescentes. Observaram-se correlações significativas positivas e de magnitude moderada apenas para suporte familiar geral e autoestima (r=.0390, p<0.05) e o fator afetivo consistente do suporte familiar com a autoestima (r=.477, p<0.001); embora na regressão linear não tenha sido constatada significância estatística na tentativa de explicar o modelo. Constatada essa limitação do estudo, permanece a lacuna sobre o problema proposto para realizá-lo, o que abre o precedente para replicá-lo desde que em amostra mais abrangente.