Esta dissertação está contextualizada nos estudos de cognição social e aborda a temática do juízo moral e do individualismo nas relações interpessoais no ambiente das organizações de trabalho na contemporaneidade. Indaga-se com este estudo saber que relações se pode estabelecer entre os temas: crenças no juízo moral e individualismo nas organizações de trabalho. A escolha do tema justifica-se pela trajetória profissional da mestranda em organizações de trabalho, ao observar certos comportamentos e situações que considerava pouco dotadas de respeito e moralidade, que se repetiam sistematicamente e se perpetuavam ano após ano, com pouca variação de organização para organização. Teoricamente, o trabalho está fundamentado nos estudos da Cognição Social e nas contribuições da Psicologia Moral, Filosofia e Sociologia para tratar dos temas juízo moral e individualismo. No que diz respeito às análises sobre o tema organizações de trabalho, a base teórica sustentou-se na Psicologia Organizacional e Psicologia Social. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa empírica, qualitativa, comparativa, descritiva, que coletou os dados por meio de uma entrevista em profundidade, semidirigida, constituída de três questões abertas e de um questionário sociodemográfico, contendo nove itens para melhor caracterizar a amostra e que foi direcionado à 8 participantes cujas respostas à entrevista foram coletadas de modo online. Os resultados obtidos, após a análise de conteúdo feita em nove categorias finais de significados, provenientes das três perguntas da entrevista, revelaram, de um modo geral, que os participantes da amostra identificaram diversas situações caracterizadas por atitudes individuais, ou mesmo, grupais marcadas pelo individualismo e a ausência de valores e juízos morais nas relações de trabalho.