A organização, visualização e monitoramento da informação do espaço físico torna-se uma necessidade para a gestão institucional nas universidades, pois facilita a tomada de decisões a respeito das infraestruturas físicas, que nesse tipo de instituição são cada vez mais complexas, devido às demandas que o ensino superior implica em termos de laboratórios, salas multimídia, auditórios, museus, e distribuições multicampi, bem como de áreas para expansão. Este estudo realizou um diagnóstico da situação do Instituto de Geociências (IG), Unidade Acadêmica da Universidade Federal do Pará, relativo à gestão das informações de uso de seus espaços, e analisou o uso de SIG em apoio à essa gestão; a análise se baseou na revisão de experiências prévias e antecedentes de aplicações de SIG na gestão dos espaços físicos em Universidades, e em um piloto de experiência feito no IG. Trata-se de um estudo de caso no Instituto de Geociências da UFPA, entre os anos de 2021 e 2023, a respeito da possibilidade de implementação do SIG na gestão dos espaços do IG. Além da revisão dos casos de aplicações de SIG em outras Universidades, foi coletada informação pertinente com os atores chave da administração do IG, e se aplicaram questionários aos servidores docentes e técnicos da unidade para verificar suas percepções nessa área, e a sua atitude frente à implementação do SIG. Adicionalmente, foi realizada uma revisão documental dos processos e infraestrutura referentes ao espaço institucional, triangulando essas informações por meio de observações diretas. Finalmente, foi desenvolvido um piloto de aplicação de SIG com o software QGIS versão 3.16, plataforma livre para a criação de representações cartográficas. A literatura relata o grande potencial da aplicação dos SIG no apoio à gestão dos espaços em universidades públicas. A percepção dos servidores do IG é positiva sobre a utilização de SIG, e com a aplicação do piloto, foi possível demonstrar nos fatos as possibilidades de apoio nas decisões de gestão de parte dos gestores do Instituto, por meio de diferentes visualizações dos espaços do Instituto, sendo possível verificar as reações deste pessoal e analisar com eles os benefícios e limitações da ferramenta. O piloto de SIG teve mais reações positivas que negativas, pois o elemento visual facilita a conferência da infraestrutura existente, e também permite perceber áreas para possível expansão. No entanto, para ter uma base cadastral confiável e atualizada, com um desenvolvimento de software adequado é necessário ter um time técnico qualificado e estável. Um sistema SIG permitirá ampliar o paradigma da gestão para representações visuais do espaço a ser gerido, atreladas a dados numéricos e descritivos que permitam ter um panorama geral e particular dos recursos de espaço na instituição.