Esta dissertação visou ampliar o conhecimento sobre vocação no contexto dos estudos da Cognição Social, considerando e enfoque psicológico, acrescido de uma visão também teológica e filosófica do tema. Como problema desta investigação foi definido a seguinte questão: Que relações se pode estabelecer entre crenças na autorregulação de valores, vocação e sentido de vida? A partir daí, objetivou-se relacionar os temas: crenças na autorregulação de valores, vocação e sentido de vida, o que permitiu analisar as influências de um sistema autorregulatório em valores sobre a escolha vocacional que favorecesse à realização de sentido de vida. O trabalho fundamentou-se teoricamente nas contribuições da Cognição Social para os estudos sobre crenças; na Teoria Sociocognitiva para apoiar os estudos sobre autorregulação; na Filosofia para embasar as reflexões sobre o tema valores; na Psicologia e Teologia para abordar o tema vocação e na Logoterapia para os estudos sobre o sentido de vida. Realizou-se uma pesquisa empírica, qualitativa e descritiva, com 14 participantes, utilizandose de uma entrevista em profundidade, semiestruturada, com 4 questões abertas em torno do problema que norteou a pesquisa, que foi realizada de modo online, cujos relatos foram analisados a partir da análise de conteúdo, que resultou em 8 categorias de significados, que permitiram verificar os seguintes resultados: a vocação é vista como um dom; algo que vem de dentro; que o processo de descoberta vocacional se deu através de experiências e da necessidade; que os valores influenciaram muito as escolhas vocacionais, ainda que não tenham sido autorregulados pela maioria dos participantes; que em geral não planejaram suas escolhas vocacionais e as mesmas decorreram de uma experiência do cotidiano.