O presente estudo trata a temática do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tanto na Educação Profissional quanto na Tecnológica e como a inserção no mundo do trabalho pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais. Foi proposta uma análise acerca do conhecimento do transtorno, bem como dos déficits nas habilidades sociais, na perspectiva dos discursos dos professores, do Núcleo de Ações Inclusivas (NAI), de um egresso do curso Técnico Integrado em Alimentos do campus Rio Pomba e seus pais. O motivo para a realização desta pesquisa deve-se ao fato da necessidade de se criar espaços de diálogo sobre capacitismo, preconceito, barreiras atitudinais e a importância da construção da autonomia, assim como a independência na vida de adolescentes e jovens com autismo, que anseiam por oportunidades sociais não só inclusivas, mas também igualitárias, tanto na área educacional, quanto laboral. A pesquisa consistiu num estudo de caso realizado por meio de uma análise qualitativa, dividida em duas fases. Na primeira fase, foi realizada uma análise documental. Na segunda fase, foram realizadas entrevistas individuais com um egresso diagnosticado com TEA e seus pais, dois professores da área técnica do curso Técnico Integrado em Alimentos e com um servidor do NAI. O estudo dos conteúdos foi realizado por meio da metodologia de análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). Os resultados das análises documentais e das entrevistas possibilitaram a identificação de barreiras como a capacitação, conhecimento sobre o TEA e habilidades sociais, necessidades de atualização do PEI, bem como associadas à preparação do aluno com deficiência para a inserção no mundo do trabalho. O Produto Educacional originado deste estudo, intitulado Plano Individualizado de Transição (PIT), foi construído com o objetivo de ser um documento de preparação para a inserção do aluno com TEA e outras deficiências na experiência profissional do estágio, plano este que, por contemplar um planejamento do desenvolvimento de habilidades tanto técnicas quanto comportamentais necessárias às atividades do estágio, pode contribuir para um processo efetivo de inclusão, aquisição de autonomia e protagonismo da pessoa com deficiência.