presente trabalho busca apresentar uma análise do conflito estabelecido dentro do município de Marituba, objetivando identificar e compreender articulação e a luta realizada pelo movimento fórum permanente fora de lixão desde o período anterior a sua consolidação (o recorte temporal para esta pesquisa foi de 2011 a 2021), bem como, compreender a espacialização do conflito no município de Marituba em decorrência da implantação do aterro sanitário, e também identificar os agentes produtores do espaço local (protagonistas e antagonistas); neste caso específico três agentes estarão sendo analisados com base em Corrêa (1989): os proprietários dos meios de produção (observados a partir da ação das empresas que atua no gerenciamento do aterro sanitário a REVITA Engenharia S.A. e a Guamá Tratamentos de Resíduos LTDA.), O Estado (ações da SEMAS e COEMA) e os grupos sociais excluídos (as ações, as articulações e mobilizações dos movimentos sociais dentro de Marituba, especificamente o Movimento Fórum Permanente Fora Lixão), a partir da caracterização, poder identificar os aspectos gerais das espacialidade através da escalaridade de articulações e ações destes agentes que permitam analisar o conflito no qual o movimento e as comunidades que margeiam a área do aterro sanitário (lixão) estão inseridos. Se tratando destas comunidades podemos explorar diversos aspectos principalmente socioeconômico e territorial, através das formas de organização, as materialidades e interações produzidas, mobilizadas e exploradas. O método que norteou a construção dessa pesquisa e o tratamento dos dados levantados foi o materialismo histórico dialético, e os dados utilizados para o embasamento dessa pesquisa foram primários e secundários, os primários foram obtidos através de trabalhos de campo realizados na área do entorno do aterro sanitário (especificamente nas nove comunidades que margeiam a área do aterro) já os dados secundários foram obtidos através de pesquisa bibliográfica e um acervo documental (no qual consta os TAC's e os Acordos que foram assinados, o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente, as ações civis públicas protocoladas pelo ministério público, as notificações realizadas pela secretaria de Meio ambiente sustentabilidade, as ações coletivas impetradas pelo fórum permanente fora lixão, e diversos outros documentos que foram bases para a construção desta pesquisa).