• Portal do Governo Brasileiro

Plataforma Sucupira

Dados do Trabalhos de Conclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
EDUCAÇÃO FÍSICA (30001013025P8)
Efeitos do treinamento físico aeróbio em parâmetros do desempenho miocárdico e indicadores de estresse oxidativo em ratos submetidos a estresse de contenção
CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA REIS
DISSERTAÇÃO
23/11/2023

Introdução: Não é de hoje que o estresse está presente em nossa sociedade, níveis elevados e sustentados desta condição mantido por um longo período pode resultar em sobrecarga com manifestações patológicas em diferentes órgãos e sistemas. Entretanto, a prática regular de exercício físico está associada a uma série de benefícios a saúde que pode atenuar ou normalizar inúmeras condições geradas por diferentes doenças e ou condições de agravo fisiológico. Objetivo: Avaliar as alterações do desempenho miocárdio e indicadores de estresse oxidativo em ratos submetidos a estresse de contenção. Métodos: ratas Wistar (n: 40) livres de patógenos foram randomizadas em quatro grupos distintos, cada um contendo 10 animais: controle (C), treinado (T), estressado (E) e estressando e treinado (ET). O protocolo de treinamento físico foi conduzido por meio de natação em piscina com água da piscina sendo constantemente agitada com auxílio de uma bomba e com temperatura entre 32-34°C. Após uma semana de adaptação, os animais se exercitaram 12 semanas, 5 dias por semana, 60 minutos/dia. Já para a indução de estresse, os animais foram contidos individualmente, em um cilindro de PVC opaco de 20 cm de comprimento e 6 cm de diâmetros, com as extremidades fechadas e furos que permitam a circulação de ar por 1h por dia, 05 dias por semana, durante 12 semanas. Após a finalização do protocolo experimental os seguintes parâmetros foram analisados: massa corporal, aptidão física, intensidade do estresse, biometria cardíaca, pressão arterial, função ventricular e contratilidade miocardia. Resultados: Não foi encontrado diferenças significativas (p>0,05) na capacidade física dos animais antes do protocolo. Entretanto, após 12 semanas de treinamento os grupos T (antes: 102 ± 9, depois: 291 ± 23; segundos) e ET (antes: 93 ± 8, depois: 274 ± 36; segundos) aumentaram a capacidade física em 65 ± 2% e 61 ± 8% respectivamente sem diferirem entre si. Não foi encontrado diferenças (*(*p> 0,05) após o período de intervenção nos C (antes: 86 ± 17, depois: 101 ± 17; segundos) e E (antes: 96 ± 12, depois: 105 ± 11; segundos) que também não diferiram entre si, mas foram inferiores (p<0,05) aos grupos T e ET. Considerando os níveis de corticosterona, os valores relativos do grupo E (335 ± 9 nmol/L) foram superiores (p<0,05) aos grupos C (141 ± 3 nmol/L), T (174 ± 3 nmol/L) e ET (231 ± 7 nmol/L) que também diferiam entre si. conforme demonstrado os valores da glicose do grupo E foram superiores (p<0,05) em todos os tempos após sobrecarga de glicose em relação aos grupos C, T e ET que não diferiam (p>0,05). Em relação a pressão arterial sistólica, não foram observadas diferenças significativas entre os animais ao longo das semanas tanto no grupo C quanto no grupo T. Contudo, a pressão arterial sistólica dos animais do grupo E aumentou significativamente a partir da 6 a semana em relação a primeira semana diferentemente do grupo ET que apresentou elevação somente na 12 a semana em relação a 1a semana. Adicionalmente a pressão arterial do grupo ET foi superior aos grupos C e T, contudo inferior ao grupo E, demonstrando, atenuação no desenvolvimento de hipertensão. Não foram identificadas alterações nas massas cardíacas e na contratilidade miocárdica entre os grupos, contudo, considerando indicadores da função ventricular, cabe mencionar que os valores correspondentes a onda E e E/A do grupo E foi maior que os grupos C, T e ET que também foi superior aos grupos C e T que não diferiram entre si. Considerando os parâmetros histomorfometricos, tanto o volume nuclear como o conteúdo de colágeno do grupo E foi superior aos grupos C, T e ET que não diferiram entre si. Os valores da concentração de TBARS do grupo E (0,74 ± 0,07 µmols/mg) foi maior (p<0,05) que os grupos C (0,49 ± 0,03 µmols/mg), T (0,42 ± 0,02 µmols/mg) e ET (0,43 ± 0,05 µmols/mg) que não diferiram (p> 0,05) entre si. De maneira similar a concentração de proteínas oxidadas do grupo E (1,47 ± 0,29 nmol/ml) foi maior (p<0,05) que os grupos C (0,76 ± 0,04 nmol/ml), T (0,72 ± 0,02 nmol/ml) e ET (0,69 ± 0,05 nmol/ml) que não diferiram (P>0,05) que também não diferiram entre si. Conclusão: O conjunto de dados apresentado no presente estudo indica que a associação entre estresse de contenção e treinamento físico induz a maior intensidade de estresse, contudo promoveu atenuação da hipertensão arterial e da restrição do enchimento ventricular sem promover modificação em parâmetros da contratilidade miocárdica.

estresse de contenção;desempenho miocárdico;função ventricular;exercício físico
Introduction: It is not new that stress is present in our society, high and sustained levels of this condition maintained for a long period can result in overload with pathological manifestations in different organs and systems. However, regular physical exercise is associated with a series of health benefits that can mitigate or normalize numerous conditions generated by different diseases and/or physiologically aggravating conditions. Objective: To evaluate changes in myocardial performance and indicators of oxidative stress in rats subjected to restraint stress. Methods: pathogen-free Wistar rats (n: 40) were randomized into four distinct groups, each containing 10 animals: control (C), trained (T), stressed (E) and stressed and trained (ET). The physical training protocol was conducted through swimming in a pool with pool water being constantly agitated with the aid of a pump and with a temperature between 32-34°C. After a week of adaptation, the animals exercised for 12 weeks, 5 days a week, 60 minutes/day. For stress induction, the animals were contained individually in an opaque PVC cylinder measuring 20 cm long and 6 cm in diameter, with closed ends and holes allowing air circulation for 1 hour per day, 5 days per day. week for 12 weeks. After completion of the experimental protocol, the following parameters were analyzed: body mass, physical fitness, stress intensity, cardiac biometry, blood pressure, ventricular function and myocardial contractility. Results: No significant differences (p>0.05) were found in the physical capacity of the animals before the protocol. However, after 12 weeks of training, groups T (before: 102 ± 9, after: 291 ± 23; seconds) and ET (before: 93 ± 8, after: 274 ± 36; seconds) increased physical capacity by 65 ± 2 % and 61 ± 8% respectively without differing from each other. No differences were found (*p> 0.05) after the intervention period in C (before: 86 ± 17, after: 101 ± 17; seconds) and E (before: 96 ± 12, after: 105 ± 11; seconds ) which also did not differ from each other, but were lower (p<0.05) than groups T and ET. Considering corticosterone levels, the relative values ​​of group E (335 ± 9 nmol/L) were higher (p>0.05) than groups C (141 ± 3 nmol/L), T (174 ± 3 nmol/L) and ET (231 ± 7 nmol/L), which also differed from each other. as demonstrated, group E's glucose values ​​were higher (p<0.05) at all times after glucose overload compared to groups C, T and ET, which did not differ (p>0.05). Regarding systolic blood pressure, no significant differences were observed between the animals over the weeks in both groups C and T. However, the systolic blood pressure of animals in group E increased significantly from the 6th week onwards in relation to the first week, unlike the ET group, which showed an increase only in the 12th week in relation to the 1st week. Additionally, the blood pressure of the ET group was higher than that of groups C and T, but lower than that of group E, demonstrating an attenuation in the development of hypertension. No changes were identified in cardiac masses and myocardial contractility between the groups, however, considering indicators of ventricular function, it is worth mentioning that the values ​​corresponding to the E and E/A wave of group E were higher than those of groups C, T and ET which it was also higher than groups C and T, which did not differ from each other. Considering the histomorphometric parameters, both nuclear volume and collagen content in group E were higher than groups C, T and ET, which did not differ from each other. The TBARS concentration values ​​in group E (0.74 ± 0.07 µmols/mg) were higher (p<0.05) than groups C (0.49 ± 0.03 µmols/mg), T (0.42 ± 0.02 µmols/mg) and ET (0.43 ± 0.05 µmols/mg) which did not differ (p>0.05) from each other. Similarly, the concentration of oxidized proteins in groups E (1.47 ± 0.29 nmol/ml) was higher (p<0.05) than groups C (0.76 ± 0.04 nmol/ml), T (0.72 ± 0.02 nmol/ml) and ET (0.69 ± 0.05 nmol/ml) which did not differ (p>0.05) which also did not differ from each other. Conclusion: The set of data presented in the present study indicates that the association between restraint stress and physical training induces greater stress intensity, however it promoted the attenuation of arterial hypertension and restriction of ventricular filling without promoting changes in myocardial contractility parameters.
restraint stress;myocardial performance;ventricular function;physical exercise
0
PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
O trabalho não possui divulgação autorizada

Contexto

EDUCAÇÃO FÍSICA, MOVIMENTO CORPORAL HUMANO E SAÚDE
ASPECTOS BIOMECÂNICOS E RESPOSTAS FISIOLÓGICAS AO MOVIMENTO CORPORAL HUMANO
Adaptações agudas e crônicas em parâmetros antropométricos, neuromotores, metabólicos e psicofisiológicos em programas de atividade e exercício físico em diferentes populações

Banca Examinadora

DANILO SALES BOCALINI
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
DANILO SALES BOCALINI Docente - PERMANENTE
RODRIGO LUIZ VANCINI Docente - PERMANENTE
MAURO SERGIO PERILHAO Participante Externo

Vínculo

-
-
-
Não
Plataforma Sucupira
Capes UFRN RNP
  • Compatibilidade
  • . . .
  • Versão do sistema: 3.86.7
  • Copyright 2022 Capes. Todos os direitos reservados.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies.Se você concorda, clique em ACEITO.

Politica de Cookies

O que são cookies?

Cookies são arquivos salvos em seu computador, tablet ou telefone quando você visita um site.Usamos os cookies necessários para fazer o site funcionar da melhor forma possível e sempre aprimorar os nossos serviços. Alguns cookies são classificados como necessários e permitem a funcionalidade central, como segurança, gerenciamento de rede e acessibilidade. Estes cookies podem ser coletados e armazenados assim que você inicia sua navegação ou quando usa algum recurso que os requer.

Cookies Primários

Alguns cookies serão colocados em seu dispositivo diretamente pelo nosso site - são conhecidos como cookies primários. Eles são essenciais para você navegar no site e usar seus recursos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Estabelecer controle de idioma e segurança ao tempo da sessão.

Cookies de Terceiros

Outros cookies são colocados no seu dispositivo não pelo site que você está visitando, mas por terceiros, como, por exemplo, os sistemas analíticos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Coletam informações sobre como você usa o site, como as páginas que você visitou e os links em que clicou. Nenhuma dessas informações pode ser usada para identificá-lo. Seu único objetivo é possibilitar análises e melhorar as funções do site.

Você pode desabilitá-los alterando as configurações do seu navegador, mas saiba que isso pode afetar o funcionamento do site.

Chrome

Firefox

Microsoft Edge

Internet Explorer