Nanomateriais são fundamentais para a nanociência e a nanotecnologia. Dentre os diversos nanomateriais, os nanotubos de titanato têm sido utilizados em diversas aplicações devido à sua grande área superficial, estrutura em camadas e capacidade de troca iônica. Neste trabalho, apresentamos os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo investigar a aplicação de nanotubos de titanato em pó e/ou suportado. Inicialmente, foi realizada uma revisão sobre materiais e técnicas para obtenção de superfícies autolimpantes e/ou antimicrobianas. Isso foi feito para delinear a aplicação dada aos nanotubos em nosso estudo. Os resultados apontaram o dióxido de titânio como o material mais utilizado para obtenção de superfícies com essas propriedades, sendo o spin-coating e o dip-coating as principais técnicas de deposição. Staphylococcus aureus e Escherichia coli foram as bactérias mais utilizadas nos ensaios antibacterianos. Na segunda etapa da pesquisa de doutorado, nanotubos de titanato de sódio foram depositados em vidro FTO via deposição eletroforética. As superfícies obtidas apresentaram alta molhabilidade e inibiram a adesão de E. coli. Além disso, foi observada redução na adesão de S. aureus aos filmes. Ensaios de contato direto com nanotubos em pó e sob luz UV-visível mostraram um aumento na taxa de inibição ( ƞ = 4,1% para ƞ = 25,4%) de E. coli devido à ação de espécies reativas de oxigênio. Na terceira etapa da pesquisa foi realizada a aplicação de nanotubos de titanato de sódio após troca iônica com íons de cério e/ou gálio. A área superficial específica dos nanotubos aumentou consideravelmente após a troca iônica. Além disso, após ensaio de contato direto sob luz visível, houve um aumento na inibição bacteriana de S. aureus, principalmente para a amostra trocada com cério e gálio (ƞ = 83,1%). E. coli teve inibição semelhante (ƞ ~56%) para nanotubos trocados com cério e cério/gálio. Assim, os nanotubos de titanato têm potencial para aplicação antibacteriana na forma de pó ou depositados em um substrato.