A técnica de plasticultura vem sendo desenvolvida como alternativa para maior controle na qualidade e aumento dos cultivos, todavia, as coberturas usadas comumente não são recicladas, pois em suma estão sujas, limitando a reciclagem, e sendo descartados indevidamente em aterros, desencadeando problemas ambientais. Neste contexto, polímeros biodegradáveis surgem como um insumo promissor para aplicações na plasticultura sustentável através do seu uso em mulch films, associados a resíduos vegetais, ajudando reduzir resíduos sólidos poluentes. Este trabalho objetivou o desenvolvimento de mulch films biodegradáveis utilizando cascas de: soja(SJ) e amendoim(AM), em percentuais de 2,5 e 5,0% em peso, usados pela viabilidade de processamento, e como matriz polimérica o PBAT. Previamente as cascas de soja e de amendoim foram analisadas por Fluorescência de raios – X(FRX) e Análise Termogravimétrica(TG/TGA), posteriormente, os filmes planos foram produzidos em extrusora monorosca, e caracterizados via Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier(FTIR), Absorção de Água, Ângulo de Contato, Microscopia eletrônica de Varredura(MEV) e Propriedades Mecânicas. Os resultados de FRX indicaram a presença dos óxidos em maiores concentrações, os óxidos de potássio e cálcio. As Curvas de TGA mostraram a estabilidade dos resíduos nas faixas de processamento usadas. Os espectros de FTIR indicaram baixas alterações químicas com a presença das cargas, os testes de ângulo de contato e absorção de água indicaram, respectivamente, maior na hidrofobicidade na absorção de água para os sistemas com a adição dos dois tipos de cargas,. As micrografias indicaram que para os dois tipos de cargas usadas, o aumento do seu teor culminou em maiores tamanhos de partículas. Em suma, os compósitos com cargas possuem menor desempenho mecânico, provavelmente devido à fraca adesão interfacial. Os filmes formados e os resultados obtidos indicaram uma possível viabilidade de aplicação desses sistemas estudados na produção de mulch films.