• Portal do Governo Brasileiro

Plataforma Sucupira

Dados do Trabalhos de Conclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ODONTOLOGIA (31001017059P2)
Higiene oral e identificação de espécies bacterianas e de candida albicans na cavidade bucal de pacientes pediátricos hospitalizados.
KARLA MAGNAN MIYAHIRA
TESE
16/10/2023

A presente tese foi dividida em quatro artigos. No primeiro artigo, realizou-se uma revisão sistemática, cujo objetivo foi avaliar o impacto da higiene oral (HO) com clorexidina (CHX) na prevenção de infecção nosocomial (IN). Inicialmente foi feito uma busca criteriosa nas principais bases eletrônicas e foram selecionados 13 ensaios clínicos randomizados que apresentavam um grupo tratado com CHX e um grupo controle (tratado com placebo ou escovação dentária) em pacientes hospitalizados. Após a extração de dados a qualidade metodológica e o risco de viés foram avaliados utilizando o “Risk of Bias 2.0″. A análise quantitativa comparou o grupo controle e o grupo de intervenção em relação a infecção nosocomial, pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e infecção por S. aureus. Além disso, foi avaliado a concentração, a frequência e a forma de apresentação da CHX, o profissional responsável e o tempo de hospitalização. Neste estudo, foi possível concluir que a CHX reduziu a IN independentemente da concentração, quando utilizada 3×/dia ou mais. No entanto, não teve efeito contra S. aureus e não reduziu o tempo de internação. O segundo artigo baseou-se em uma revisão bibliométrica que buscou protocolos de HO nos websites das associações internacionais de terapia intensiva e comparou suas recomendações. Foram identificadas 85 associações pelo website da Federação Mundial de Cuidados Intensivos e Críticos e 34 foram selecionadas de acordo com os idiomas português, inglês e espanhol. Uma busca avançada foi realizada no site de cada associação utilizando a ferramenta de busca Google (Google LLC, Mountain View, CA, EUA), utilizando os termos de buscas previamente estabelecidos. Além disso, foi realizada uma busca manual nos sites de cada associação e nas páginas de Facebook. Ao final, foram encontrados apenas 8 protocolos que foram examinados e comparados. Os dados foram importados para o software SPSS™ (versão 24.0, EUA) e as frequências absolutas das variáveis cadastradas foram analisadas por meio de estatística descritiva. Foram também calculados os valores de dissimilaridade (distâncias euclidianas; ED). Dessa forma foi possível observar que poucas associações internacionais de terapia intensiva possuem algum tipo de diretriz disponível on-line e, aquelas que possuem, demonstram que não há consenso sobre o protocolo ideal, principalmente no que diz respeito à frequência e concentração da clorexidina. Diante disso, após os resultados encontrados e através da análise da literatura, foi proposto um consenso sobre a higiene bucal dos pacientes internados em UTI. O terceiro artigo, avaliou a efetividade de um vídeo educativo sobre HO, no conhecimento de uma equipe de enfermagem atuante em UTI. O estudo foi dividido em três etapas (1): Aplicação de um questionário inicial para obtenção de dados pessoais e dados sobre a técnica de HO em UTI. (2): Elaboração de um vídeo sobre a HO em pacientes de UTI, baseado nas recomendações da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e envio do vídeo para os participantes. (3) Questionário final para avaliar se o vídeo foi esclarecedor e se auxiliou positivamente os profissionais. Os questionários foram desenvolvidos na plataforma do Google Forms®. e enviados via WhatsApp e o vídeo foi produzido na plataforma Powtoon. Foram realizadas análises observacionais e descritivas. O vídeo contribuiu positivamente no conhecimento dos profissionais e a sua eficácia foi comprovada pela aceitabilidade dos participantes e pela agilidade na divulgação de informações importantes através da internet. O quarto artigo, teve como objetivo avaliar a condição bucal e determinar a presença de espécies bacterianas e Candida sp. na cavidade oral, que podem estar relacionadas com infecção nosocomial em crianças internadas em UTI e enfermaria de um hospital pediátrico público do Rio de Janeiro. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e a participação foi voluntária. Os pacientes selecionados foram divididos em três grupos. Pacientes de ambulatório (grupo I-controle), pacientes de enfermaria (grupo II) e pacientes de UTI (grupo III). Os critérios de inclusão foram: idade entre 0 e 12 anos e tempo mínimo de internação de 48 horas para os grupos II e III. Foram excluídas crianças que apresentavam quadro clínico muito grave. Os dados dos pacientes foram obtidos nos prontuários e exames extra e intrabucais foram realizados por um único examinador. Além disso, foram avaliados o índice de biofilme e a presença de necessidades dentárias. Amostras clínicas (esfregaço de mucosa) foram coletadas de todos os pacientes e posteriormente analisadas em laboratório. O DNA de bactérias e fungo foi extraído e em seguida foi realizado o PCR. Foi possível concluir que a maioria das crianças do grupo II e III apresentaram um biofilme fino, entretanto, a higiene bucal não era realizada de forma frequente nesses grupos. E que as crianças de UTI apresentaram uma menor necessidade odontológica em comparação com os grupos I e II. Mas em contrapartida, no grupo III foi identificado a presença de Enterococccus faecalis e Candida albicans. S. aureus não foi identificado em nenhum dos grupos. Diante dos estudos realizados, é possível observar que embora a higiene bucal em ambiente hospitalar, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva, seja extremamente necessária para evitar infecções nosocomiais, ela nem sempre é realizada de forma correta ou de acordo com algum protocolo específico. No entanto, estabelecer um protocolo é um desafio, então, sugere-se que novos estudos sejam desenvolvidos para amenizar diferenças de protocolos, facilitar a análise, desenvolvimento e implementação de um protocolo universal. Além disso, destaca-se a importância do cirurgião dentista como membro da equipe multidisciplinar dentro das UTI. A fim de promover cuidados com a saúde bucal dos pacientes, orientar e supervisionar a equipe de enfermagem e, consequentemente, reduzir os riscos de infecção, o tempo de internação e os custos com tratamentos de saúde.

Infecção hospitalar;Unidade de terapia intensiva;Pacientes internados;Clorexedina;Higiene bucal;Bactéria
This thesis was divided into four articles. The first article was a systematic review aimed at evaluating the impact of oral hygiene (OH) with chlorhexidine (CHX) on the prevention of nosocomial infection (NI). Initially, a careful search was made in the main electronic databases and 13 randomized clinical trials were selected that presented a group treated with CHX and a control group (treated with placebo or toothbrushing) in hospitalized patients. After data extraction, the methodological quality and risk of bias were assessed using “Risk of Bias 2.0”. The quantitative analysis compared the control group and the intervention group in terms of hospital-acquired infections, pneumonia associated with mechanical ventilation (VAP) and S. aureus infections. In addition, the concentration, frequency and form of presentation of CHX, the professional responsible and the length of hospitalization were assessed. In this study, it was possible to conclude that CHX reduced NI regardless of concentration and when used 3×/day or more. However, it had no effect against S. aureus and did not reduce length of stay. The second article was based on a bibliometric review that searched for OH protocols on the websites of international intensive care associations and compared their recommendations. A total of 85 associations were identified on the website of the World Federation for Intensive and Critical Care and 34 were selected in Portuguese, English and Spanish. An advanced search was carried out on each association’s website using the Google search tool (Google LLC, Mountain View, CA, USA), using the search terms previously established. In addition, a manual search was carried out on the websites of each association and on their Facebook pages. In the end, only 8 protocols were found, which were examined and compared. The data was imported into SPSS™ software (version 24.0, USA) and the absolute frequencies of the registered variables were analyzed using descriptive statistics. Dissimilarity values (Euclidean distances; ED) were also calculated. It was thus possible to observe that few international intensive care associations have any kind of guideline available online, and those that do show that there is no consensus on the ideal protocol, especially with regard to the frequency and concentration of chlorhexidine. The third article evaluated the effectiveness of an educational video on OH on the knowledge of ICU nursing staff. The study was divided into three moments. (1): Application of an initial questionnaire to obtain personal data and data on the technique of OH in the ICU. (2): Preparation of a video on OH in ICU patients, based on the recommendations of the AMIB (Brazilian Intensive Care Medicine Association) and sending the video to the participants. (3): Final questionnaire to assess whether the video was enlightening and positively helped the professionals. The questionnaires were developed on the Google Forms® platform and sent via WhatsApp and the video was produced on the Powtoon platform. Observational and descriptive analyses were carried out. The video made a positive contribution to the professionals’ knowledge and its effectiveness was proven by the acceptability of the participants and the speed with which important information was disseminated via the internet. The fourth article aimed to evaluate the oral condition and determine presence of bacterial species related to nosocomial infection in the oral cavity of children admitted to the ICU and pediatric ward of a public pediatric hospital in Rio de Janeiro. The study was approved by the Research Ethics Committee and participation was voluntary. Children with very severe clinical conditions were excluded. The selected patients were divided into three groups. Outpatients (group I), pediatric ward patients (group II) and ICU patients (group III). The inclusion criteria were age between 0 and 12 years and a minimum hospitalization time of 48 hours for groups II e III. Patient data was obtained from medical records and extra and intraoral examinations were carried out by a single examiner. In addition, the biofilm index and the presence of dental needs were assessed. Clinical samples (mucosal swabs) were collected from all patients and later analyzed in the laboratory. Based on the studies carried out, although oral hygiene in a hospital environment, especially in Intensive Care Units, is extremely necessary to prevent nosocomial infections, it is not always carried out correctly or according to a specific protocol. However, establishing a protocol is a challenge, so it is suggested that further studies be carried out to mitigate differences in protocols and facilitate the analysis, development and implementation of a universal protocol. The DNA of the bacteria and fungi was extracted and then PCR was carried out. It was concluded that the majority of children in groups II and III had a thin biofilm, but oral hygiene was not performed frequently in these groups. And that the children in the ICU had fewer dental needs than those in groups I and II. However, the presence of Enterococccus faecalis and Candida albicans was identified in group III. S. aureus was not identified in any of the groups. In addition, the importance of the dental surgeon as a member of the multidisciplinary team within ICUs is highlighted in order to promote care for patients' oral health, guide and supervise the nursing team and consequently, reduce the risks of infection, length of stay and health treatment costs.
Cross-infection;Intensive care unit;Inpatients;Chlorexedine;Oral hygiene;Bacteria
132
PORTUGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
O trabalho possui divulgação autorizada
Tese Dout Karla -Versão Final 11_12. (1).pdf

Contexto

ODONTOPEDIATRIA
FISIOMORFOLOGIA, TERAPÊUTICA E BIOENGENHARIA DE TECIDOS BUCAIS
CARACTERIZAÇÃO E MANEJO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM DEFICIÊNCIAS, SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS E/OU HOSPITALIZADOS

Banca Examinadora

GLORIA FERNANDA BARBOSA DE ARAUJO CASTRO
DOCENTE - PERMANENTE
Sim
Nome Categoria
APOENA DE AGUIAR RIBEIRO Participante Externo
GLORIA FERNANDA BARBOSA DE ARAUJO CASTRO Docente - PERMANENTE
ALINE DE ALMEIDA NEVES Docente - PERMANENTE
MARCELO DE CASTRO COSTA Docente - PERMANENTE
MONICA ALMEIDA TOSTES Participante Externo
JEFFERSON DA ROCHA TENORIO Docente - PERMANENTE

Vínculo

CLT
Instituição de Ensino e Pesquisa
Ensino e Pesquisa
Sim
Plataforma Sucupira
Capes UFRN RNP
  • Compatibilidade
  • . . .
  • Versão do sistema: 3.87.0
  • Copyright 2022 Capes. Todos os direitos reservados.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies.Se você concorda, clique em ACEITO.

Politica de Cookies

O que são cookies?

Cookies são arquivos salvos em seu computador, tablet ou telefone quando você visita um site.Usamos os cookies necessários para fazer o site funcionar da melhor forma possível e sempre aprimorar os nossos serviços. Alguns cookies são classificados como necessários e permitem a funcionalidade central, como segurança, gerenciamento de rede e acessibilidade. Estes cookies podem ser coletados e armazenados assim que você inicia sua navegação ou quando usa algum recurso que os requer.

Cookies Primários

Alguns cookies serão colocados em seu dispositivo diretamente pelo nosso site - são conhecidos como cookies primários. Eles são essenciais para você navegar no site e usar seus recursos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Estabelecer controle de idioma e segurança ao tempo da sessão.

Cookies de Terceiros

Outros cookies são colocados no seu dispositivo não pelo site que você está visitando, mas por terceiros, como, por exemplo, os sistemas analíticos.
Temporários
Nós utilizamos cookies de sessão. Eles são temporários e expiram quando você fecha o navegador ou quando a sessão termina.
Finalidade
Coletam informações sobre como você usa o site, como as páginas que você visitou e os links em que clicou. Nenhuma dessas informações pode ser usada para identificá-lo. Seu único objetivo é possibilitar análises e melhorar as funções do site.

Você pode desabilitá-los alterando as configurações do seu navegador, mas saiba que isso pode afetar o funcionamento do site.

Chrome

Firefox

Microsoft Edge

Internet Explorer