Na atualidade, observamos uma tendência crescente no mercado em direção à valorização de produtos processados com mínimo impacto ambiental. Diante da inevitável influência ambiental em toda cadeia produtiva, é imperativo uma análise aprofundada dos processos de produção, visando compreender e mitigar o impacto de cada etapa. Neste estudo objetivou-se evidenciar o potencial impacto ambiental no processamento de queijo mussarela bovino tipo pasta filada, na bacia leiteira em Jussara – GO. Para tal foi utilizada a ferramenta de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) com a utilização do software Simapro 9.2.0.2, método (ReCiPe Midpoint (H) V1.12 / World Recipe H) a fim de avaliar os impactos ambientais correspondentes as categorias: mudanças climáticas (CC), acidificação terrestre (AT), eutrofização de água doce (ET) e demanda de energia acumulada (CED) presentes no sistema de produção do queijo mussarela. Neste sentido, foram analisadas as entradas e saídas do sistema de produção,
contemplando sua fronteira de abordagem portão a portão da indústria (gate-togate). As metodologias utilizadas foram a ACV seguindo a estrutura: definição do objetivo e escopo, análise de inventário do ciclo de vida (AICV), avaliação do impacto do ciclo de vida (AICV) e, o estudo de Viabilidade Econômica para substituição da energia elétrica proveniente de rede (energia hidrelétrica) pela energia solar fotovoltaica em função da redução do impacto ambiental oriundo do sistema de produção. Nas categorias de impacto ambiental analisadas as maiores
contribuições foram oriundas da fase de exploração leiteira, sendo 97,84% na CC, 99,35% na AT, 99,27% na ET e 71,76% na CED, devido ao consumo de forrageiras e ao cultivo de grãos que compõem a ração animal. Os resultados
obtidos no estudo apontaram que para quilo de queijo mussarela as emissões foram de 10,07 Kg de CO2eq, 0,11 Kg SO2eq, 0,01 Kg PO4eq. e 18,88 MJeq, respectivamente para CC, AT, ET e CED. É possível inferir que em escala global (cadeia de suprimentos) o impacto da produção de queijo mussarela na fase industrial (laticínio) é pouco significativa. Em relação ao estudo de viabilidade econômica para a substituição da fonte de energia como solução para diminuição do impacto ambiental, apresenta uma vantagem na imagem do laticínio perante o mercado consumidor, além de propiciar uma redução das emissões e, principalmente, nos custos com consumo de energia.