Autores/escritores, como Antônio1 Gramsci, retratam as distintas formas de relação de controle social sobre os subalternos no capitalismo; geógrafos, como David Harvey, também contextualizam a entrada dos subalternos dentro das cidades (centros urbanos). Tais teóricos destacam ainda que os grupos/classes subalternos/as como é o caso dos indígenas, são públicos rechaçado historicamente. A escola como agente transversal pode ser um ponto de mediação para a valorização da cultura2 indígena, principalmente na cidade de Dourados/MS que abriga uma das maiores reservas indígenas do país. A conjuntura estrutural da escolarização dos indígenas será a temática central da análise mestral dentro das escolas dos não indígenas. Portanto, o trabalho versa sobre os indígenas com perpasse nos elementos que envolvem o capitalismo, o território, a cultura, com enfoque na escolarização, sendo esta última, uma “possível” forma de modificações socioculturais e socioeducacionais. As análises serão realizadas na cidade de Dourados/MS, no ensino fundamental I da Escola Municipal Januário Pereira de Araújo. Para se compreender melhor este enredo pode-se colocar o seguinte questionamento: as temáticas que envolvem questões socioeducacionais sobre os indígenas são tratadas sob quais direcionamentos dentro da estrutura do poder3 ? Assim, o tema envolve os indígenas tendo como questão a análise de como se dá a entrada do indígena nas escolas do “branco” da cidade de Dourados/MS. O recorte temático será sobre as formas de receptividade dos indígenas no espaço educacional do “não indígena”. O campo de atuação, portanto, será o ensino fundamental I da Escola Januário Pereira de Araújo da cidade de Dourados/MS, realizando uma metodologia de pesquisa mista: documental, etnográfica, observação participante, entrevistas com diretor, professores, equipe de apoio, bem como análises documentais, etc.