O objetivou-se ao realizar o presente trabalho avaliar a influência da adubação nitrogenada em diferentes genótipos de Urochloa sobre os parâmetros luminosos,morfogênicos e produtivos em condições de campo. O projeto foi realizado na área experimental de Forragicultura e Pastagens/Campo Agrostológico – UFGD, onde foram
implantados 8 cultivares, sendo: Marandú, Ruziziensis, Ipyporã, 780 J, Mulato II, Sabiá, Cayana e Mavuno, com 2 doses de adubação nitrogenada (100 e 200 kg de N/ha) e 4 repetições por tratamento, totalizando 64 canteiros, implantados no ano de 2020. As variáveis de produtividade analisadas foram: Altura de Dossel Forrageiro (ALTD),
Produtividade de Massa Seca Total (PMST), Proporção de Folhas e Colmos (PF e PC), Relação Folha:Colmo (RFC) e o Teor de Matéria Seca (TMS). Os parâmetros morfogênicos foram analisados pelo acompanhamento de 6 perfilhos por canteiro, sendo eles: Número de Folhas Vivas (NFV), Comprimento Foliar (CF), Largura Foliar (LF), Filocrono, Taxa de Aparecimento (TApF), Alongamento (TAlF) e Senescência Foliar (TSF) e, Taxa de Alongamento de Colmo (TAlC). Já para os Parâmetros Luminosos, avaliaram-se Interceptação Luminosa (IL) e Índice de Área Foliar (IAF), em diferentes momentos de crescimento das forragens. Todos os dados obtidos foram submetidos ao Teste de Scott-Knott ao nível de 5%. Observou-se interação positiva entre as cultivares e as doses de nitrogênio para ALTD, PF, PC, RFC, LF, Filocrono, TApF, TAlF, TAlC e IAF. Notou-se uma maior produtividade (t de folhas/ha/ano) de folhas para as cultivares Cayana (14,22), Sabiá (13,83) e Mulato II (17,12), correspondendo à 88,31, 85,06 e 89,68%, respectivamente, da produção total. Destacou-se também uma resposta acentuada na altura de dossel e produtividade nas cultivares Ipyporã, 780J e Ruziziensis, em função da adubação, mesmo em menores doses. Nota-se uma disparidade nas respostas das cultivares, o que levanta a suposição de que a utilização de recomendações
gerais de manejo, podem não explorar o potencial forrageiro desses novos materiais,findando assim a necessidade da adoção de um manejo específico e preciso para cada material. Concluiu-se que as cultivares se comportaram de formas distintas no quesito produtividade e produção de folha e colmo, além disso, percebeu-se que a padronização
da altura de corte em 30 cm, independentemente da cultivar e época do ano não reflete em 95% de IL, logo, a adoção de manejos com altura fixa poderia subestimar o potencial forrageiro, principalmente dos materiais híbridos. Além disso, a utilização dos parâmetros luminosos como ferramenta para o manejo de pastagens, visto que, os mesmos são influenciados tanto pelas respostas morfogênicas das forrageiras ao decorrer do ano,
quanto pela adubação nitrogenada, fornecendo informações específicas e flexíveis em função das tecnologias utilizadas em uma área de pastagem, podendo assim inferir na ideia do manejo de precisão à pasto.