A necessidade de recursos inclusivos para pessoas com deficiência visual é crucial para promover a igualdade de acesso à informação e participação na sociedade e, no âmbito da universidade, as bibliotecas possuem um papel fundamental nesse processo. A Universidade Federal do Pará possui aproximadamente 1.000 discentes com deficiência, entre os/as quais aproximadamente 30% deles/as contêm alguma deficiência visual. Compreendendo as necessidades educacionais da pessoa com deficiência visual no contexto da universidade, o objetivo geral da pesquisa foi analisar os recursos de acessibilidade aos usuários com deficiência visual na Biblioteca Central da UFPA, incluindo o Espaço Braille. Os objetivos específicos foram: discutir a biblioteca universitária na perspectiva da acessibilidade e inclusão aos usuários com deficiência visual; analisar a coleta de dados mediante as entrevistas com os usuários com deficiência visual e os profissionais do Espaço Braille e identificar os recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual na Biblioteca Central da UFPA. Como metodologia, foi realizada uma pesquisa qualitativa discutindo, por meio de revisão bibliográfica e da análise documental, as necessidades das pessoas com deficiência visual em relação às bibliotecas, além de produção de um estudo de caso voltado a identificar os recursos de acessibilidade às pessoas com deficiência visual disponíveis na Biblioteca Central da UFPA a partir de entrevistas semiestruturadas e checklist. O referencial teórico abordou os seguintes conceitos: biblioteca universitária, inclusão e acessibilidade; deficiência visual e acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Como resultados, identificou-se a existência de diversos recursos de suporte ao usuário com deficiência visual na Biblioteca Central da UFPA, como o audiobook, leitor de tela, entre outros, com destaque ao Espaço Braille, demonstrando as contribuições da Biblioteca Central no que tange a inclusão das pessoas com deficiência visual, em consonância com as discussões e diretrizes relacionadas a este público e às bibliotecas. Por outro lado, foram identificadas fragilidades, como a falta de treinamento adequado aos funcionários e a necessidade de melhorias para a acessibilidade física. Conclui-se que o processo de acessibilidade compete à prática de obter ou ceder informações disponíveis para todos. Nesse contexto, os profissionais atuais devem se familiarizar com sistemas e ambientes mais inclusivos, a fim de promover a acessibilidade e igualdade à informação.