Esta dissertação traz o estudo de um período dramático do Brasil com a disseminação do Vírus de COVID-19, entre os anos de 2020 a 2023. Nesses anos o Governo Federal não concebeu a pandemia com os riscos concretos de mortes à população brasileira e de todo o mundo. Ressalta-se que houve omissão no planejamento para a contenção da pandemia e a dissipação de concepções negacionistas e de questionamento da eficácia da vacina. Dito isso, este é o contexto no qual a pesquisa se dedicou, com o objetivo de apresentar aspectos históricos do período da Pandemia de COVID-19 no Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul e em Dourados, com destaque aos protocolos e às medidas de contenção da transmissão da doença. Outro objetivo é o de demonstrar o Mapa da Violência contra as mulheres e os índices de feminicídio no Brasil e no estado do MS. Para alcançar esses objetivos, foram utilizados materiais bibliográficos e analisadas obras de pesquisadores/as referências no estudo da violência contra a mulher, sendo algumas delas: Wânia Pasinato, Fernanda Vasconcelos Bestetti, Lourdes Maria Bandeira, Nancy Fraser, Heleieth Saffioti. Os dados estatísticos foram coletados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, bem como outras informações fornecidas pelas Secretarias de Segurança Pública Estaduais e pelas Polícias Civil, Militar e Federal, e ainda, a análise do Mapa de Violência de Gênero no Estado de Mato Grosso do Sul. Conclui-se que a Pandemia foi um período de sofrimento amplo da população, e as mulheres foram as mais acometidas pela sobrecarga de trabalho, por estarem em postos de trabalho ligados diretamente ao controle da doença e aos cuidados para com pessoas infectadas em hospitais e no espaço privado, e viveram a intensificação da violência contra elas impetrada dentro de suas residências, principalmente. O feminicídio também se elevou no mesmo período, dando-nos conta do quanto o patriarcado e a dominação masculina estão arraigados na estrutura social.