Com a premissa de que a extensão compõe os pilares da educação brasileira – inter-relacionada com o ensino e a pesquisa –; promovendo o compartilhamento de saberes científicos da academia conjurado aos saberes práticos advindos da comunidade; a extensão visa a ser instrumento de mudança social – com compromisso, justiça, solidariedade e democracia –, conforme a Política Nacional de Extensão Universitária. Ao longo dos anos, o entendimento sobre a extensão foi se modificando, até que hoje se chegasse à compreensão de que, para realizar as atividades extensionistas, é necessária a interação dialógica entre docente, estudante e comunidade, reconhecendo e compartilhando todas as formas de saberes, para construir de forma coletiva novos conhecimentos. É nesse contexto que se situa o objetivo deste estudo: analisar como ocorre a interação dialógica nas etapas que envolvem os projetos de extensão, especificamente, como local de análise, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Trata-se de uma pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva. A coleta de dados ocorreu por meio de documentos oficiais concernentes à extensão no IFSC; assim, foi utilizada a análise documental como procedimento técnico. Esses dados foram analisados à luz do referencial teórico coletado. O produto educacional desenvolvido é voltado à capacitação dos servidores para práticas dialógicas em todas as etapas de concepção, planejamento e execução de um projeto de extensão; o que se deu em duas etapas. A primeira consistiu na produção de oficina pedagógica para a capacitação e orientação da comunidade interna do IFSC.Em paralelo, como complemento do produto educacional, realizou-se uma customização no sistema gerencial institucional focada em facilitar o sistema de busca das ações de extensão desenvolvidas nos câmpus do IFSC, potencializando o acompanhamento das ações tanto para a comunidade interna como externa ao IFSC.