Neste estudo, analiso a vinda de alunos vindos da África para o Brasil, com enfoque na Universidade Federal da Grande Dourados localizada no Mato Grosso do Sul (UFGD), durante o período de 2015 a 2023. O intuito da pesquisa é investigar a presença e variedade cultural desses estudantes na UFGD ao longo desse intervalo de tempo. O principal objetivo é compreender as trajetórias seguidas por esses alunos, suas vivências de adaptação e inserção no meio acadêmico e cultural da universidade, além de avaliar as políticas e programas institucionais voltados para apoiar a inclusão e o sucesso acadêmico desses indivíduos. Os resultados obtidos oferecem insights valiosos para nortear políticas e ações que buscam promover uma experiência acadêmica mais inclusiva e enriquecedora não só para os estudantes africanos na UFGD, mas também em Dourados/MS. A base teórica deste estudo está na teoria do "atlântico negro" de Paul Gilroy. A intenção é destacar as diferentes identidades dos participantes da pesquisa, suas vivências em busca de oportunidades acadêmicas e as experiências daqueles que decidem se estabelecer no Brasil. A teoria do "atlântico negro", que adota uma abordagem transnacional e transcultural da diáspora africana, é o alicerce desta pesquisa. Conforme o autor, as experiências dos africanos e seus descendentes na diáspora não devem ser limitados apenas às fronteiras nacionais, mas devem ser compreendidas como parte de uma ampla rede global de interações e influências. A mobilidade estudantil internacional tem aumentado significativamente, impulsionada pela busca de oportunidades acadêmicas, culturais e profissionais ao redor do mundo. Na UFGD, a presença cada vez maior de estudantes africanos reflete essa tendência mundial. Essa diversidade cultural contribui para enriquecer o ambiente acadêmico da universidade, promovendo a compreensão intercultural e a troca de ideias.