Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar a atuação do Instituto Federal Fluminense, Campus Santo Antônio de Pádua, enquanto instituição responsável pela formação integral do indivíduo perante o preconceito racial e a discriminação racial no ambiente escolar. Para esta análise, a pesquisa perpassou por levantamentos bibliográficos de teóricos e legislações que abordam a temática. Realizou-se uma análise dos documentos Institucionais incluindo o PPC, o currículo, os planos de ensino e possíveis projetos de Ensino Pesquisa ou Extensão sobre a temática, além de pastas de atendimentos de estudantes participantes da pesquisa. Também foi feita uma pesquisa de campo com estudantes do 3º ano do Curso Técnico Integrado em Automação Industrial e com profissionais que trabalham a temática diretamente nesta turma. Observou-se, no Campus, a presença de elementos da educação antirracista, considerando a política de ações afirmativas para ingresso, as ações de Núcleo de Educação Afro-brasileira e Indígena (NEABI) e os projetos extracurriculares. Entre os docentes que participaram da pesquisa, nenhum deles sofreu racismo, mas todos relataram que já presenciaram alguma forma de racismo. Os docentes que responderam ao questionário percebem sua importância na educação antirracista e relatam que existe pouca adesão e articulação entre eles para realização de ações institucionais neste sentido. Entre os discentes participantes, a metade dos que se autodeclaram negros já sofreu racismo. Também foi observado que os estudantes participantes foram capazes de detectar práticas racistas, embora não as tenham sofrido diretamente. Os discentes percebem o papel da escola na promoção de ações antirracistas, mas demonstram que estas ações ainda não são suficientes e devem ser aprimoradas. A partir dos relatos dos participantes da pesquisa em relação à discriminação racial, tornou-se possível transformar essas narrativas em um E-book que poderá ser utilizado como ferramenta para uma formação mais humanizada, cidadã e omnilateral.