As organizações enfrentam o desafio de fornecer serviços custo-efetivos dentro de orçamentos limitados, à medida que a demanda por serviços de saúde aumenta e terapias de alto custo são introduzidas. Esta pesquisa investiga como a integração de ativos intangíveis pode aprimorar a implementação do Value-Based Healthcare (VBHC) em um contexto que busca estimular inovações em saúde, elevando a qualidade do cuidado ao paciente, a geração de valor e a resiliência organizacional. A metodologia seguiu a Work Breakdown Structure (WBS), estruturando a pesquisa em dez pacotes de trabalho (WPs) interconectados: (WP1) gestão do projeto e supervisão por meio de Open Innovation; (WP2) análise sobre VBHC, inovação em saúde e resiliência organizacional por meio de uma revisão integrativa da literatura; (WP3) aplicação de Design Thinking para desenvolver soluções inovadoras; (WP4) identificação e desenvolvimento de uma estrutura para integrar ativos intangíveis ao VBHC;(WP5) planejamento de um modelo de negócio baseado nos avanços da Medicina Translacional; (WP6) implementação e validação do modelo por meio de um estudo de caso; (WP7) desenvolvimento de uma nova equação de valor para o VBHC, considerando a influência dos ativos intangíveis; (WP8) análise dos dados coletados para consolidar um framework integrativo; (WP9) disseminação dos resultados principais; e (WP10) publicação de achados fortuitos relacionados à inovação em saúde. Cada WP utilizou metodologias específicas, destacando-se abordagens como Open Innovation (OI), Design Thinking (DT), Revisões Sistemáticas (com base em diretrizes PRISMA adaptadas à WBS) e Revisões Integrativas, promovendo colaboração contínua e multidisciplinar entre os WPs e com colaboradores externos. Os resultados demonstraram que ativos intangíveis — como capital intelectual, capital social, reputação organizacional, cultura organizacional e responsabilidade social — são essenciais para apoiar a gestão e otimizar operações no contexto do VBHC, especialmente em empresas que buscam inovar na prestação de serviços de saúde. A implementação prática do modelo, por meio de um estudo de caso, demonstrou, com o uso de metodologias de melhoria contínua, como esses ativos podem ser identificados, inventariados e valorizados para aprimorar resultados clínicos e aumentar a criação de valor nas empresas de saúde. Entre os resultados, propõe-se uma nova equação exploratória de valor, que integra esses ativos intangíveis tanto em seus aspectos simbólicos quanto tangíveis, evidenciando o potencial de impulsionar o VBHC como sistema gestor, assegurando competitividade, eficácia sustentável e resiliência organizacional. No decorrer do projeto, a identificação de achados fortuitos relacionados à inovação em saúde, alguns já publicados, destacou novas oportunidades e aprofundou o impacto das abordagens de OI e DT, que, além de cumprir os objetivos planejados, abriram caminhos para aprimorar as práticas em saúde. Conclui-se que a gestão estratégica dos ativos intangíveis é essencial para consolidar o VBHC como uma ferramenta eficaz de criação de valor e resiliência organizacional. A valorização desses ativos fortalece a qualidade dos cuidados e a sustentabilidade das operações, permitindo que as empresas de saúde enfrentem com sucesso um ambiente dinâmico e desafiador. Futuras pesquisas devem validar o framework em diferentes contextos culturais e desenvolver métricas mais precisas para mensurar o impacto dos ativos intangíveis na geração de valor e na resiliência organizacional.