Sabe-se que a produção de refeições nas unidades de alimentação gera resíduos de carne que frequentemente resultam em perdas econômicas significativas, que muitas vezes não são devidamente avaliadas. É essencial destinar corretamente esses resíduos ou reintegrá-los ao ciclo produtivo, pois frequentemente são descartados de forma inadequada, o que pode causar impactos ambientais e problemas de saúde pública. Diante disso, o presente estudo está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo trata-se de um estudo de caso exploratório realizado em um Restaurante Universitário de uma instituição de ensino superior, cujo objetivo foi de identificar e quantificar os resíduos cárneos gerados na etapa de pré-preparo e avaliar as possíveis formas de reutilização desses resíduos. O segundo capítulo refere-se a uma revisão integrativa, descritiva, exploratória, de natureza bibliográfica e com abordagem qualitativa e quantitativa. Cujo objetivo foi de identificar na literatura científica aspectos relevantes da gestão de resíduos cárneos provenientes de unidades de alimentação, buscando soluções sustentáveis de reaproveitamento desses resíduos na elaboração de outros produtos comestíveis e não comestíveis. Como resultados o estudo de caso revelou que, entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023, os resíduos cárneos, de carnes bovina e de frango, gerados no pré-preparo somaram 57,90% e 41,74%, respectivamente. Os quais podem ser reintegrados ao ciclo produtivo de derivados cárneos na formulação de linguiça e hambúrguer. Visto que a unidade objeto do estudo adota todas as práticas higiênico-sanitárias recomendadas pela legislação vigente. Com relação a revisão integrativa da literatura constatou-se uma quantidade considerável de trabalho na área de resíduos alimentares, principalmente voltados para a produção de biodiesel. Sendo válido elucidar que poucas pesquisas enfatizaram alternativas para o aproveitamento de resíduos para fins comestíveis. Desta forma conclui-se que os resíduos cárneos avaliados podem ser reintegrados na produção de alimentos tais como linguiça, hambúrguer, salsicha, hidrolisado proteico, farinha e ração animal e de produtos não comestíveis como o biodiesel.