Este trabalho é o resultado de uma investigação que trata do conto e reconto com a obra “O Mágico de Oz”. Propõe-se, de um modo geral, analisar as estratégias de autoformação leitora pelo BALE PORTALEGRENSE, principalmente nos Canteiros da Formação, Informação, Encenação, Contação e Ficção, mediante atendimentos nas escolas municipais da cidade de Portalegre/RN. Especificamente, objetivou-se: (i) evidenciar as contribuições dos tipos de recontos orais e escritos para autoformação leitora dos alunos atendidos pelo BALE PORTALEGRENSE; (ii) identificar as
contribuições do referido Programa para autoformação leitora da equipe, doravante ‘baleanos’; (iii) compreender as contribuições advindas dos recontos orais (individuais) e escritos (coletivos) para a autoformação leitora, (iiii) criar um e-book dos resultados da pesquisa como devolutiva às escolas atendidas pelo Programa. A pesquisa está fundamentada em autores que discutem sobre o processo de formação: Paulo Freire (2006), Angela Kleimam (2008), Saldanha (2013) e Queiroz (2014); autoformação: Sampaio (2014), Barbosa, Pacheco, Amaral (2019), Galvani (1991); Estratégias de leitura: Kleiman (2008), Solé (1998); contos e recontos de histórias: Ramos (2011), Gomes (2005) e Gotlib (2006). Para tanto, utiliza-se neste estudo a pesquisa descritiva, bibliográfica, participante e a abordagem qualitativa. Contou-se, como colaboradores, os voluntários do BALE PORTALEGRENSE da edição de 2019
e as crianças atendidas pelo Programa das escolas municipais da cidade de Portalegre/RN. Utilizou-se do diário de campo e filmagens dos recontos das crianças após as encenações da história, assim como os recontos escritos. Os dados são tratados a partir da análise que foi dividida em categorias e subcategorias, a priori, sendo que para a análise foi realizada uma formação interventiva com os sujeitos. A pesquisa possibilitou apontar as contribuições da autoformação leitora tanto dos alunos atendidos pelo Programa BALE, como para os voluntários, através das
estratégias de leitura do Programa. Percebe-se que as experiências com os atendimentos e o contato com os alunos trouxeram muitas contribuições para os envolvidos. O vínculo de amizade construída na equipe proporcionou uma grande contribuição para o desenvolvimento, formação e autoformação dos mesmos. Destaca-se, como um dos fatores relevantes, que o BALE proporciona como oportunidade à equipe maior conhecimento da realidade dos alunos do município e as suas experiências com a leitura e o desejo de levar o incentivo a todos.